"O Ganges, acima de tudo, é o rio da Índia, que manteve cativo o coração da Índia e atraiu incontáveis milhões às suas margens desde a alvorada da história. A história do Ganges, de sua fonte ao mar, dos tempos antigos aos modernos, é a história da civilização e da cultura da Índia, da ascensão e queda de impérios, de cidades grandes e orgulhosas, de aventuras do homem."
A poluição do Ganges tem afetado as 400 milhões de pessoas que vivem próximas de suas águas. Desde a última década de 90 e especialmente nos últimos anos, as condições da água do rio e afluentes têm ficado abaixo das consideradas aceitáveis pela OMS, já que o despejo irregular de esgoto tem aumentado, inclusive a partir de um hospital que atende tuberculosos.
O Ganges foi classificado entre os cinco rios mais poluídos do mundo em 2007, com níveis de coliformes fecais próximo a Varanasi mais de mil vezes superior ao limite oficial do governo indiano.5 A poluição ameaça não somente os seres humanos, mas também as mais de 140 espécies de peixes, 90 de anfíbios e o golfinho-do-ganges, todos ameaçados de extinção. O Plano de Ação Ganga, uma iniciativa ambiental para limpar o rio, tem sido um grande fracasso até agora, devido à corrupção e à falta de conhecimentos técnicos, falta de um bom planejamento ambiental, crenças e tradições indianas11 e falta de apoio das autoridades religiosas.
Outro problema é o ritual da cremação dos mortos em suas margens. Dependendo da casta e da situação econômica da família, muitas vezes os corpos não são cremados corretamente e/ou jogados inteiros no rio, contaminando-o. O afluente Yamuna, cuja vida aquática desapareceu, teria recebido US$ 500 milhões em ações de despoluição nos últimos dez anos, segundo o Conselho de Controle de Poluição de Nova Délhi.
Entretanto, o rio oferece aos moradores de sua região suprimento de comida e água fresca. Muitas criaturas nativas, incluindo o crocodilo gavial, vivem às suas margens.
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